Por que demoramos tanto em sermos um com Cristo assim como desejamos ser um com o amor da nossa vida? Rezamos tanto para que isso aconteça na nossa vida, buscamos tanto a pessoa certa para viver conosco, queremos tanto nos unir a uma pessoa diante do nosso chamado, sofremos muitas vezes quando isso demora acontecer, quando vê um casal, respira fundo, mas eu te pergunto, qual o nosso empenho para o nosso encontro com Cristo? O buscamos da mesma forma que buscamos a pessoa certa para nós? Desejamos morrer de amor ao comungar?
Nosso coração palpita vendo casais, mas palpitamos quando
vemos Cristo?
Aquele casal que quer morrer de amor quando comungar, também
vai morrer de amor pela esposa ou esposo. E o que eu digo há tantos anos: eu me
casei para fazer a minha esposa feliz, e faze-la feliz é santifica-la, é
leva-la para Deus.
Já ouvi absurdos muitas vezes do tipo “entre quatro paredes
vale tudo”... Como vale tudo se Cristo está ali também? Quero dizer o que vale
então: Entre quatro paredes “Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém...”,
entre quatro paredes vale o amor, vale
santificarmos uns aos outros. Fora das quatro paredes, vale santificarmos uns
aos outros. E quando eu percebo e tenho a profunda concepção que foi a vontade
de Deus que me fez percorrer esses caminhos, não me importa como aconteceu, se
é a vontade de Deus já me basta e me deixa profundamente feliz. O importante é
ser o que Deus quer que eu seja. Se eu sou o que Deus quer que eu seja, me
basta, e eu com certeza farei as pessoas felizes, a minha esposa feliz.
Fazer o outro feliz é honrá-lo, é dizer não, é chegar também
para os filhos e dizer não, por limites, seja com um ou cem anos de nascido, é
dizer: “pode espernear, mas eu te amo tanto que eu te proíbo fazer isto ou
aquilo, para que você seja feliz, arrisco te perder, mas para que você não se
perca no caminho do céu...”, já vi inúmeros filhos em atendimentos que dou
terrivelmente feridos porque não ouviram os nãos que precisavam e não se
sentiram amados pelos pais, porque não tiveram os freios que precisavam.
Pais, não impeçam que seus filhos cheguem a Cristo! Não os
levem àquilo que os farão se perder. Deixem seus filhos irem para Cristo e não
para onde bem quiserem ir. Vocês não têm o direito de não os educar na
santidade e de não os levar à Cristo. Vocês precisam verdadeiramente deixarem
seus filhos irem para Cristo! Somente assim serão felizes, e vossos filhos vos
agradecerão porque saberão que são amados porque não fizeram somente o que eles
queriam. Deem a eles a alegria dos “nãos”, deem a eles a alegria dos limites,
porque assim eles crescerão sabendo que a vida não é um mar de rosas e que eles
não são o centro do mundo. Dar tudo que o mundo oferece a eles não é amor e
nunca será amor.
Fazer sua esposa/esposo feliz: leve-o para Cristo! Coloque a tua família no colo de Cristo.
Não adiemos mais os traços divinos na vida dos nossos.
Muitas vezes os nossos pais não nos ajudaram a ter os traços divinos, mas olhe
para eles, perscrute pela ação do Espírito, para compreendermos aquilo que não
vem de Deus para que não cometamos os mesmos erros, não para condená-los, mas
ver o que o que está errado e ver que eu também carrego muitas coisas que eles
me passaram para que eu não passe para meu cônjuge, nem para os meus filhos.
Meus pais não são os meus carrascos, mas também, não são os meus deuses. Não é
condenar, apenas olhar com verdade. Nunca é tarde para fazer isso, sempre é
hora pois só temos o hoje e aí se cumprirá aquela passagem onde não só as
criancinhas irão para Cristo, mas os pais também irão.
E será impossível derrubar a família que for, pode vir o
inferno, o mundo, a globalização e todo exército infernal e não derrubarão a
família que estão com Cristo. Nós não temos o direito de não santificarmos os
nossos esposos, e filhos. O verdadeiro amor santifica. E que as nossas palavras
sejam coerentes com a nossa vida.
Clayton B. Antar, Fundador da Comunidade Encontro.
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