Guido Shäffer: testemunho de fé para a juventude
Jovem carioca que estudou
Medicina e colocou seus dons a serviço dos pobres. Padre Ricardo Figueiredo,
autor do livro Um “santo” surfista – O servo de Deus Guido Shäffer, lançado em
Portugal e no Brasil pela Paulus Editora revela a história de um de fé de um
jovem brasileiro que se tornou exemplo para a juventude mundial. Um testemunho
forte que pode convencer a juventude, que tantas vezes parece desorientada,
anestesiada pela parafernália de computadores, celulares e outras tecnologias,
e que aparenta ter perdido o gosto pela vida. Guido Schäffer pode voltar a dar
horizonte a muitas vidas.
“É na vida interior que se
encontram as verdadeiras linhas de continuidade desta incrível história de Deus
com ele. A forma como toma decisões, o modo como se dedica ao estudo da Sagrada
Escritura e a naturalidade com que cita passagens de cor, a familiaridade e a
amizade que tem com Deus. Tudo fala da sua vida espiritual, de um jovem que não
deixou de ser como tantos jovens, que passou pelas mesmas dificuldades dos
jovens deste tempo”. Pe. Ricardo Figueiredo.
Guido Schäffer é conhecido
como o santo surfista. Servo de Deus, neste momento a sua vida está sendo
analisada em vista da possível beatificação, que se espera aconteça em poucos anos.
Jovem carioca estudou medicina e colocou os seus dons ao serviço dos mais
pobres e fracos, realizando uma obra admirável de caridade junto dos sem-abrigo
do Rio de Janeiro, através do apostolado das Missionárias da caridade (Irmãs de
Madre Teresa de Calcutá). Ao mesmo tempo, vivia uma intensa vida espiritual,
com uma disciplina de oração extraordinária. De fato, só deste ponto de vista
se pode perceber a vida de Guido: a vida interior e espiritual alimentava a sua
ação diligente junto dos mais fracos e pobres.
Uma vida que serve de exemplo
Ao entrar na medicina, o
jovem a todo momento testemunhava a sua fé. Vivia conforme os valores cristãos
da cordialidade, temperança, caridade e justiça, optando pela medicina geral,
que era a especialidade que lhe permitia avaliar o paciente de uma forma mais
completa e total.
Toda
a sua vida ele viveu intensamente e também na morte ele deu glória a Deus.
Vivia uma profunda intimidade com Jesus, por isso estava pronto para o grande
encontro. Morreu fazendo surf, jovem e forte, mostrando como Deus escolheu esta
Sua jóia preciosa não só para ser padre e evangelizar na Arquidiocese do Rio de
Janeiro, mas para ser santo e levar o nome de Jesus a todas as partes do mundo.
Continua hoje a surfar as ondas de muitas praias, para mostrar aos jovens dos
nossos dias que não só é possível ser-se santo, mas é o único e melhor caminho
a ser percorrido. Recordamo-lo hoje não porque surfou grandes ondas, mas porque
surfou a onda de Deus.
"No tempo de
Seminário é um modelo de vida espiritual. Quando alguém perguntava por ele,
todos sabiam que estava junto do sacrário. Ali passava horas, no doce e íntimo
diálogo com Jesus. Ao mesmo tempo, era um excelente aluno nas cadeiras
filosóficas e teológicas. Acreditamos, por isso, que quando ele um dia for
elevado às honras dos altares será um excelente padroeiro para os seminaristas
de todo o mundo. Com sua morte, como grão de trigo, deu muito fruto",. – concluiu.
Guido
Schäffer, um jovem de origem alemã, surfista carioca, estudou medicina e a exerceu
por oito anos. Mais tarde entrou no seminário para ser sacerdote. Guido nasceu
em Volta Redonda – Rio de Janeiro, em 22 de maio de 1974 e faleceu em 2009,
pouco antes da sua ordenação presbiteral, em sua cidade natal, num acidente no
mar, ocorrido quando surfava com seus amigos. Guido gostava de dizer que Jesus
tinha sido o primeiro surfista, porque caminhou sobre as águas. Junto com
outros jovens do Rio, ele cresceu em contato com o mar, a mata e a montanha;
praticou surfe, ciclismo e futebol. Eram coisas das quais ele gostava e às
quais se acostumou desde cedo. O surfe, em particular, foi tornando-se um lugar
de oração. Para Guido, a prática esportiva ia tornando-se um campo para viver a
fé. Filho de pais católicos fervorosos que além da prática dominical, tinham
uma forte vida de oração e cultivavam um bom exemplo de cristãos na vida
profissional.
Fonte: Vatican News
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