1. "O ANGELUS" é uma oração recitada em recordação do Mistério perene da Encarnação três vezes ao dia: às 6 da manhã, ao meio-dia e às 18 horas, momento em que é tocado o sino do Angelus.
O nome Angelus deriva do primeiro verso da oração – Angelus Domini nuntiavit Mariae – que consiste na leitura breve de três simples textos sobre a Encarnação de Jesus Cristo e a recitação de três Ave Marias.
Esta oração é recitada pelo Papa na Praça São Pedro ao meio-dia de domingo e nas Solenidades. Antes de recitar o Angelus, o Pontífice também faz uma breve reflexão inspirando-se nas leituras do dia. Seguem as saudações aos peregrinos.
Da Páscoa até Pentecostes, ao invés do Angelus, é recitado o Regina Coeli, que é uma oração em recordação da ressurreição de Jesus Cristo, ao final do qual é recitado o Glória três vezes.
2. "ÓBOLO DE SÃO PEDRO", é a ajuda econômica que os fiéis oferecem ao Santo Padre, como sinal de adesão à solicitude do Sucessor de Pedro relativamente às múltiplas carências da Igreja universal e às obras de caridade em favor dos mais necessitados. Trata-se de uma ajuda que é sempre animada pelo amor que vem de Deus. As ofertas que os fiéis dão ao Santo Padre destinam-se a obras eclesiais, a iniciativas humanitárias e de promoção social, e também para a sustentação das atividades da Santa Sé. E o Papa, enquanto Pastor da Igreja inteira, preocupa-se também com as necessidades materiais de dioceses pobres, institutos religiosos e fiéis em graves dificuldades (pobres, crianças, idosos, marginalizados, vítimas de guerras e desastres naturais; ajudas particulares a Bispos ou Dioceses em necessidade, educação católica, ajuda a refugiados e migrantes, etc.).
3. VOCÊ SABE PORQUE OS CATÓLICOS NÃO SEGUEM APENAS A BÍBLIA? Alguns dizem que somente por meio da Bíblia Deus revela a sua Palavra de modo infalível, mas quem afirma isso está em contradição com a própria escrituram que diz que a Tradição oral também é um meio de transmissão da Palavra de Deus. "Eu vos louvo por vos recordardes de mim em todas as ocasiões e por conservardes as tradições tais como vo-las transmiti." (ICor 11, 2).
São Paulo não se refere somente a tradições humanas, nem apenas de seus escritos, mas de toda a Palavra de Salvação proferida por ele e pelos demais apóstolos. Confira: "Portanto, irmãos, ficai firmes; guardai as tradições que vos ensinamos oralmente ou por escrito" (IITs 2,15). A bíblia também diz que nem tudo o que Jesus fez e ensinou foi posteriormente registrado nos Evangelhos. Sendo assim, obviamente, muitas coisas que os apóstolos aprenderam com Jesus foram comunicadas à Igreja de forma oral: "Há porém, muitas coisas que Jesus fez. Se fossem escritas uma por uma, creio que o mundo não poderia conter os livros que se escreveriam" (Jo 21,25).
A Revelação é, portanto, o conjunto de fatos, atos e palavras que transmite o que os apóstolos receberam pelo ensinamento e pelos exemplos de Jesus e do Espírito Santo. A Sagrada Escritura registra por escrito a Revelação que mesmo antes já era comunicada aos cristãos por meio da Tradição oral.
A Tradição a que nos referimos aqui é a Sagrada Tradição, a Palavra de Deus que os apóstolos receberam de Cristo e transmitiram oralmente à Igreja. Atenção: a Sagrada Tradição não deve ser confundida com as tradições estabelecidas pelos homens da Igreja ao longo do tempo.
4. O Vaticano possui 83 SITES, para melhor acesso às Congregações, Tribunais, Pontifícios, Dicastérios, Sínodo, Comissões, Organismos, Instituições, Departamentos, Academias, Delegações, Fundações, dentre muitos outros órgãos.
5. Existe uma Rede Mundial de Oração pelo Papa, onde mensalmente é publicado pelas mídias sociais do Vaticano uma nova intenção para que o mundo inteiro possa rezar numa só intenção, numa só alma e com os mesmos pensamentos pelo Santo Padre. “É importante que as pessoas rezem pelo Papa e pelas suas intenções. O Papa é tentado, é muito atacado: só a oração do seu povo pode libertá-lo, como se lê nos Atos dos Apóstolos. Quando Pedro foi preso, a Igreja rezou incessantemente por ele. Se a Igreja reza pelo Papa, isso é uma graça. Eu realmente sinto continuamente a necessidade de pedir oração.” (Fala do Papa Francisco)
6. Você conhece a PREFEITURA DA CASA PONTIFÍCIA? Ela tem por missão regular o serviço de acolhimento e organizar as audiências solenes que Sua Santidade concede a chefes de Estado, chefes de governo, ministros e outras personalidades insignes, bem como aos embaixadores quando vêm ao Vaticano apresentar as Cartas Credenciais.
A Prefeitura prepara o que diz respeito a todas as audiências – privadas, especiais e gerais – e às visitas das pessoas que são admitidas à presença do Sumo Pontífice. Predispõe ainda o referente às cerimônias pontifícias – com exclusão da parte estritamente litúrgica –, aos Exercícios Espirituais do Santo Padre, do Colégio Cardinalício e da Cúria Romana.Compete igualmente à Prefeitura ocupar-se dos necessários e devidos preparativos quando o Santo Padre sai do Palácio Apostólico para visitar Roma ou a Itália. Para participar de alguma audiência com o Papa ou das Celebrações litúrgicas dentro da Basílica de São Pedro é necessário retirar neste mesmo local bilhetes que são distribuídos para entrada, que são totalmente gratuitos.
7. A Igreja Católica possui uma "PENITENCIÁRIA APOSTÓLICA", ela é o Dicastério mais antigo e o primeiro dos Tribunais da Cúria Romana. Suas origens remontam ao final do século XII, quando o desenvolvimento do direito canônico, o fortalecimento doutrinário do plenitudo potestatis do Papa e o aumento das peregrinações penitenciais à Sé Apostólica levaram a um aumento substancial dos pedidos de toda a Europa para absolvição da censura e dispensação de normas canônicas. A tarefa da "Penitenciária do Papa" era inicialmente ouvir as confissões e resolver casos complicados em nome do pontífice. Com o tempo, suas habilidades se estenderam gradualmente a uma longa série de assuntos tratados no fórum externo (simonia, incêndios, assassinatos, impedimentos no casamento, falsificação de documentos papais, relações com os infiéis, brigando contra peregrinos, irregularidades, apostasia ...) com a expansão de suas habilidades, um escritório curial foi formado em torno do Cardeal, encarregado de examinar as petições e enviar as cartas; além disso, foram colocados sob a autoridade da Penitenciária Maior, os eclesiásticos, seculares e regulares, que desde as épocas mais remotas exercem o ministério de ouvir confissões nas principais basílicas de Roma (...).
8. Existem um total de 8 "BASÍLICAS E CAPELAS PAPAIS": São Pedro, São João de Latrão, São Paulo Fora dos Muros, Santa Maria Major, Capela Redemptoris Mater, Necrópole Vaticana, Capela Sistina, Capela Paulina.
9. A Igreja ora aos Santos e NÃO INVOCA ESPÍRITOS. Na cabecinha de alguns irmãos, a devoção aos santos pelos católicos equivale à evocação dos mortos feita pelos espíritas.
Pelo visto, vamos precisar explicar a diferença entre tomada e focinho de porco, ou melhor, entre consulta aos mortos e pedido de intercessão aos santos... Basta um pouco de honestidade intelectual e raciocínio para entender que os católicos não evocam santos falecidos para receber mensagens, conselhos ou previsões, o que seria praticar necromancia (adivinhação dos mortos). Os católicos invocam os santos, vivos ou falecidos, para pedir a sua intercessão. Cristãos que pedem a intercessão dos santos são como os doentes descritos nos Atos dos Apóstolos, que tinham a esperança de alcançar a cura ao serem "tocados" pela sombra de São Pedro, ou seja, que buscavam uma graça mediada pelo santo. E, como a bíblia revela que os santos permanecem ativos e conscientes mesmo depois de mortos - algo que a Sagrada Tradição confirma -, faz todo sentido crermos que continuam a ser nossos intercessores nos Céus.
10. POR QUE AS MULHERES NÃO PODEM SER PADRES? Essa é uma das tretas mais recorrentes para acusar a Igreja de machismo: a completa e definitiva impossibilidade da ordenação de mulheres. Veja aqui alguns argumentos utilizados por quem defende o sacerdócio feminino:
- "Jesus só escolheu apóstolos homens, é verdade, mas fez isso por causa do contexto social daquela época."
- "Homens e mulheres são iguais diante de Deus, portanto não há qualquer motivo razoável que impeça o acesso das mulheres ao sacerdócio."
- "A Igreja exclui as mulheres das posições de maior representatividade. Devemos lutar pelos nossos direitos!"
- "Na Igreja primitiva havia diaconisas. Porque não podemos ser diaconisas hoje em dia?"
E desde quando Jesus dava bola para convenções? Nos Evangelhos, vemos a Sua pouca reverência às tradições humanas, pois sentava-se à mesa com prostitutas e "impuros" em geral, curava aos sábados e afrontava aqueles que se diziam mestres da religião. Sem a menor preocupação em ser popular, espantou muitos discípulos, que ficavam chocados com as suas palavras.
Além do mais, havia sacerdotisas nas religiões pagãs antigas (por exemplo, as virgens avatares de Roma, que mantinham o fogo aceso nos templos). Se Jesus estivesse preocupado com a mentalidade da sua época, teria escolhido mulheres sacerdotisas.
São João Paulo II também mandou muito bem quando disse que, se sacerdócio servisse para exaltar a dignidade de alguém, Jesus teria ordenado a Sua própria Mãe, que, abaixo de Deus, é a figura mais importante do cristianismo. Se nem Maria Santíssima recebeu a missão do sacerdócio, fica evidente que não se trata de discriminação.
Em dois mil anos de história da Igreja, uma mulher jamais foi ordenada sacerdote (ao menos não de forma válida). E essa restrição não existe porque a Igreja acha que as mulheres são menos santas, menos inteligentes ou menos capazes do que os homens, mas sim porque é fiel às Escrituras e à Sagrada Tradição herdada dos apóstolos.
11. POR QUE OS CATÓLICOS SE AJOELHAM DIANTE DO PAPA? Há muitas formas respeitosas de saudar o papa, e uma delas é ajoelhar-se diante dele. Porém, alguns dizem que essa atitude é idólatra. Mas ajoelhar-se diante de alguém é a mesma coisa que lhe prestar adoração?
"Quando Pedro estava para entrar, Cornélio saiu-lhe ao encontro e prostrou-se a seus pés, adorando-o. Mas Pedro reergueu-o, dizendo: 'Levanta-te, pois eu também sou apenas homem" (At 10, 25-26). Essa passagem prova que não podemos nos ajoelhar diante do papa? Não! Havia um motivo especial para essa atitude de Pedro: Cornélio era um pagão recém-convertido, chefe militar romano, e podemos facilmente imaginar que vivera longos anos na idolatria, o que provavelmente incluía a adoração ao imperador. Então, era importante deixar claro para Cornélio que não há adoração a pessoas no cristianismo.
É obvio que nem todo ajoelhar-se é sinal de adoração, assim como nem todo soco é sinal de agressão (no caso de um treino de boxe) e nem todo beijo é sinal de afeto (no caso da traição de Judas).
Portanto, quem quiser ajoelhar-se, sim, diante do papa, mas ninguém é obrigado. O papa sabe que recebe essa reverência por aquilo que representa - a doce presença de Cristo na Terra -, e não pela sua própria pessoa. Trata-se de um ato de veneração, e não de adoração.
12. A FÉ NÃO É INIMIGA DA RAZÃO. Muitos católicos ainda estão longe de entender a relação vital entre a fé a razão. Acaso, ao chegar à porta de uma Igreja, você já viu uma plaquinha pedindo "Deixe seu cérebro aqui fora"? Não? Nem eu. Mas tem gente que age como se essa plaquinha estivesse lá.
Muitos nutrem uma estranha convicção de que Jesus fica ofendidíssimo se uma pessoa se põe a questionar determinados elementos da religião e se obrigam a crer sem pestanejar em qualquer ritual, narrativa ou objeto envolto em uma aura, ainda que duvidosa, religiosidade ou sobrenaturalidade.
A fé sólida nasce do discernimento e da reflexão sobre o sentido das coisas. É uma decisão lúcida e não um passo cego. Sim, a aventura de crer, assim como os esportes radicais, envolve assumir riscos, mas são riscos calculados, e não saltos no escuro. Se saltamos no abismo, não é porque somos loucos imaginando que vamos flutuar, mas sim porque checamos mil vezes o nosso equipamento e certificamo-nos do histórico e da confiabilidade dos nossos treinadores. Além disso, fomos antes animados pelo testemunho que muita gente que saltou e se deu bem. Se somos católicos e cremos no que cremos, é porque temos boas razões para isso!
Devemos lembrar que crença religiosa despida de razão não é fé, é credulidade. O crédulo, no fundo, tem receio de que aquilo que ele crê não seja verdade, e assim reprime seus questionamentos e toma uma postura hostil em relação à reflexão, por medo de que seu mundinho desmorone. Mas quem joga tudo de si no relacionamento com Jesus nada teme. A fé e a razão nos conduzem à verdade, à certeza de que Ele é, de que Ele vive, de que Ele é tudo em todas as coisas. Isso é liberdade!
Fontes: Vatican e Livro "As grandes mentiras sobre a Igreja Católica "
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