A formação teológica do cristão, à luz da fé, edifica-se pelo conhecimento profundo da doutrina católica, que se fundamenta na revelação divina por meio da Sagrada Escritura. O estudo da Palavra de Deus nos permite participar intimamente do plano de salvação, compreender a história do povo de Deus e testemunhar a vida de Jesus Cristo. E é esse o caminho pelo qual os fiéis podem cultivar suas virtudes humanas e cristãs, por meio da leitura dedicada e da meditação íntima da Bíblia Sagrada.
A origem da Sagrada Escritura
A Bíblia tem início pelo conjunto dos cinco livros que formam o Pentateuco, sendo eles: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. O conteúdo desses livros se apresenta logo nos seus títulos: Gênesis conta a origem do mundo, do homem e do povo de Israel; Êxodo relata a saída dos israelitas do Egito; Levítico trata das leis sobre a santidade e o culto; Números traz uma lista das pessoas que deixaram o Egito e andaram pelo deserto; e Deuteronômio é a segunda lei dada por Moisés antes da terra prometida. Na leitura do livro do Êxodo (34,28), vemos que Moisés passou 40 dias e 40 noites na presença de Deus quando escreveu as cláusulas da aliança, os dez mandamentos. Em seguida, no livro de Neemias (8,1-8), lemos que Esdras, doutor da Lei, leu o chamado “livro da Lei de Moisés” para todo o povo, enquanto alguns levitas traduziam e explicavam, para que todo o povo entendesse. Essas passagens nos levaram a crer que a autoria dos livros do Pentateuco se deve ao próprio Moisés, o que mais tarde se confirmou pelas diversas referências que encontramos no Novo Testamento. Contudo, estudos concluíram que o Pentateuco recebeu sua forma atual somente depois do exílio da Babilônia, por volta dos séculos VI e V a.C. Ainda em estudos realizados a partir do século XVII d.C., chegou-se à conclusão de que, para a redação final do Pentateuco, foram coletados materiais de épocas diferentes que constituíram os livros sagrados como entregue ao povo judeu e depois a Igreja. Não se sabe ao certo os caminhos que se percorreu até a formação do Pentateuco, mas é certo que seu conteúdo seguiu as tradições do patriarca Moisés, da Aliança, das Leis e dos cultos, representadas em cada um dos livros.
O que são os Livros Históricos, Poéticos e Sapienciais?
Após o Pentateuco, iniciam-se os chamados Livros Históricos, que relatam a história do povo eleito, desde a conquista de Canaã até as batalhas travadas durante o século II, a.C., para que os israelitas pudessem conservar sua identidade diante das investidas dos gregos. Diante da fé cristã, compreende-se que cada um dos livros nos leva à plenitude da Revelação, podendo apenas ser entendido profundamente quando interpretados face à grande manifestação de Deus por meio de Jesus Cristo. As revelações que se fizeram aos autores dos Livros Históricos ocorreram em diversas épocas, não se pretendendo aprofundar em cada um desses momentos, é conveniente apenas citar as linhas históricas da época, que são o reino de Israel, o reino de Judá, o período Persa e o período Helenístico. Esses livros se apresentam na Bíblia, na ordem da Bíblia grega, que se fez por uma visão mais ampla do mundo e da cultura da época, resgatando obras escritas por judeus, mas no idioma grego, e que haviam sido excluídas na organização da Bíblia hebraica no início do século II d.C.
Poéticos e Sapienciais
Em seguida, encontramos os Livros Poéticos e Sapienciais, cujos nomes se apresentam sobre a influência das versões gregas e latinas. Esses livros estão dispostos na Bíblia pela época em que viveram seus protagonistas, do mais antigo ao mais recente, sendo que Jó é o primeiro livro, depois Salmos, cuja autoria se atribui ao rei Davi, seguido dos livros da história de Salomão e, por fim, o livro de Eclesiastes, escrito por Jesus Ben Siraque, um grande estudioso judeu do começo de século II a.C.
O Antigo Testamento se encerra com os Livros Proféticos, que são dezesseis livros que se dividem em maiores (Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel) e os menores. Essa distinção entre maiores e menores se deve, exclusivamente, por sua extensão, eis que os livros maiores foram encontrados cada um em seu próprio pergaminho, enquanto os outros se reuniam no “Livro dos Doze”. Na organização desses livros, na Bíblia, segue-se a história da salvação, sendo que à cada profeta nos aproximamos mais das profecias que se cumprem em Jesus Cristo. Os relatos dos escritos proféticos ocorrem entre o século VIII a.C. até por volta do ano de 165 a.C. Assim, encerram-se os livros do Antigo Testamento na organização da Bíblia, com as palavras dos profetas que nos remetem a continuar nossa leitura e conhecer a Nova Aliança e a vida e história de Jesus Cristo. Do mesmo modo, nosso estudo também continua, em um próximo artigo sobre o Novo Testamento.
Fonte: Canção Nova
A origem da Sagrada Escritura
A Bíblia tem início pelo conjunto dos cinco livros que formam o Pentateuco, sendo eles: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. O conteúdo desses livros se apresenta logo nos seus títulos: Gênesis conta a origem do mundo, do homem e do povo de Israel; Êxodo relata a saída dos israelitas do Egito; Levítico trata das leis sobre a santidade e o culto; Números traz uma lista das pessoas que deixaram o Egito e andaram pelo deserto; e Deuteronômio é a segunda lei dada por Moisés antes da terra prometida. Na leitura do livro do Êxodo (34,28), vemos que Moisés passou 40 dias e 40 noites na presença de Deus quando escreveu as cláusulas da aliança, os dez mandamentos. Em seguida, no livro de Neemias (8,1-8), lemos que Esdras, doutor da Lei, leu o chamado “livro da Lei de Moisés” para todo o povo, enquanto alguns levitas traduziam e explicavam, para que todo o povo entendesse. Essas passagens nos levaram a crer que a autoria dos livros do Pentateuco se deve ao próprio Moisés, o que mais tarde se confirmou pelas diversas referências que encontramos no Novo Testamento. Contudo, estudos concluíram que o Pentateuco recebeu sua forma atual somente depois do exílio da Babilônia, por volta dos séculos VI e V a.C. Ainda em estudos realizados a partir do século XVII d.C., chegou-se à conclusão de que, para a redação final do Pentateuco, foram coletados materiais de épocas diferentes que constituíram os livros sagrados como entregue ao povo judeu e depois a Igreja. Não se sabe ao certo os caminhos que se percorreu até a formação do Pentateuco, mas é certo que seu conteúdo seguiu as tradições do patriarca Moisés, da Aliança, das Leis e dos cultos, representadas em cada um dos livros.
O que são os Livros Históricos, Poéticos e Sapienciais?
Após o Pentateuco, iniciam-se os chamados Livros Históricos, que relatam a história do povo eleito, desde a conquista de Canaã até as batalhas travadas durante o século II, a.C., para que os israelitas pudessem conservar sua identidade diante das investidas dos gregos. Diante da fé cristã, compreende-se que cada um dos livros nos leva à plenitude da Revelação, podendo apenas ser entendido profundamente quando interpretados face à grande manifestação de Deus por meio de Jesus Cristo. As revelações que se fizeram aos autores dos Livros Históricos ocorreram em diversas épocas, não se pretendendo aprofundar em cada um desses momentos, é conveniente apenas citar as linhas históricas da época, que são o reino de Israel, o reino de Judá, o período Persa e o período Helenístico. Esses livros se apresentam na Bíblia, na ordem da Bíblia grega, que se fez por uma visão mais ampla do mundo e da cultura da época, resgatando obras escritas por judeus, mas no idioma grego, e que haviam sido excluídas na organização da Bíblia hebraica no início do século II d.C.
Poéticos e Sapienciais
Em seguida, encontramos os Livros Poéticos e Sapienciais, cujos nomes se apresentam sobre a influência das versões gregas e latinas. Esses livros estão dispostos na Bíblia pela época em que viveram seus protagonistas, do mais antigo ao mais recente, sendo que Jó é o primeiro livro, depois Salmos, cuja autoria se atribui ao rei Davi, seguido dos livros da história de Salomão e, por fim, o livro de Eclesiastes, escrito por Jesus Ben Siraque, um grande estudioso judeu do começo de século II a.C.
O Antigo Testamento se encerra com os Livros Proféticos, que são dezesseis livros que se dividem em maiores (Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel) e os menores. Essa distinção entre maiores e menores se deve, exclusivamente, por sua extensão, eis que os livros maiores foram encontrados cada um em seu próprio pergaminho, enquanto os outros se reuniam no “Livro dos Doze”. Na organização desses livros, na Bíblia, segue-se a história da salvação, sendo que à cada profeta nos aproximamos mais das profecias que se cumprem em Jesus Cristo. Os relatos dos escritos proféticos ocorrem entre o século VIII a.C. até por volta do ano de 165 a.C. Assim, encerram-se os livros do Antigo Testamento na organização da Bíblia, com as palavras dos profetas que nos remetem a continuar nossa leitura e conhecer a Nova Aliança e a vida e história de Jesus Cristo. Do mesmo modo, nosso estudo também continua, em um próximo artigo sobre o Novo Testamento.
Fonte: Canção Nova
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