Vivemos em uma sociedade moderna, cheia de novos acontecimentos, novos rumos. Tudo se transforma de um dia para o outro a partir de um acontecimento marcante. E cada pessoa não fica para trás, mas adere as coisas novas e a modernidade, sempre antenados com os últimos lançamentos da moda, da música, dos filmes, livros, “memes”, celulares, tecnologias, carros, festas, numa busca continua de não estar atrasado diante de tudo que nos aparece.
Por outro lado, será que tudo que nos é apresentado é sempre bom? Que todo o novo faz parte do progresso e que temos realmente que aceitar, acolher e viver todas as propostas que nos dão? Infelizmente, a maioria não se faz essas perguntas. Tudo é acolhido e passa a ser natural pouco tempo depois que já é lançado. O novo é abraçado cegamente, numa atitude de sermos sempre aceitos por não estarmos ultrapassados.
A primeira carta de São Paulo aos Coríntios nos ensina algo surpreendente: “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma.” (I Cor 6,12). Esse pequeno versículo é a expressão de algo que todos nós deveríamos viver continuamente. Não só como um conselho Cristão, mas um aprendizado de vida.
Se uma pessoa sabe que se comer determinado alimento vai passar mal, ela não deve comê-lo. Por outro lado temos que enxergar as coisas que fazem mal não só ao nosso corpo e bem estar, mas principalmente à nossa alma. Devemos questionar sobre as coisas que nos são apresentadas e nos perguntar se tudo aquilo nos fará bem ou não. Isso exige que tenhamos bem formada em nós uma consciência crítica.
Muitas vezes estamos acostumados com uma cultura de dizermos sempre “isso não tem nada a ver”, que nos coloca cegos diante do que a nós se apresenta. É até mais fácil, só não quer dizer que nos fará bem. Pelo contrário, esse tipo de pensamento nos torna homens e mulheres frouxos, que muitas vezes tem preguiça de pensar e não conseguem verdadeiramente se posicionar diante das situações.
Para nossa felicidade, não estamos sós nesse caminho, mas Jesus quer caminhar junto conosco. Dá-nos a cada dia o Espírito Santo, e nos cumula com o dom do discernimento, para podermos avaliar o que está diante de nós, seja uma música, um filme, uma roupa, um programa de TV, uma série. O demônio quer fazer perder as nossas almas e devemos lutar constantemente para estar unidos a Cristo.
“Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso sangue de Cristo.” (I Pd 1,18)
Pedro Henrique Rocha
Pré-discipulado da Comunidade Encontro
Pedro Henrique Rocha
Pré-discipulado da Comunidade Encontro
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