Há anos, o tráfico de seres humanos é
praticado, principalmente, por ser um negócio extremamente lucrativo. Segundo
informações do Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crime (UNODC),
apenas o tráfico de internacional de mulheres e crianças movimenta, anualmente,
de US$ 7 bilhões a US$ 9 bilhões, perdendo em lucratividade somente para o
tráfico de drogas e o contrabando de armas. A estimativa é de que, para cada
pessoa conduzida ilegalmente de um país para outro, o lucro das organizações
criminosas chegue a US$ 30 mil.
A pessoa traficada pode ter
sido forçada ou ainda ter dado seu consentimento. Isso pode acontecer quando o
traficante recorre à ameaça, coação, à fraude, ao engano, ao abuso de
autoridade ou à situação de vulnerabilidade da pessoa ou à entrega ou aceitação
de pagamentos ou benefícios. O consentimento da pessoa traficada é chamado de
"engano" e não descaracteriza o crime. Sendo assim, mesmo consentindo
em ser traficada a pessoa continua tendo o direito de ser protegida por lei.
Uma situação bastante comum é o aliciamento pela oferta de emprego. Dessa
forma, muitas mulheres são traficadas e, geralmente, para fins de exploração
sexual.
A exploração também se
configura quando a pessoa traficada é submetida a serviços forçados ou à
escravidão. Há ainda o tráfico que tem como fim a remoção e venda de órgãos. O
Projeto Trama entende que existe exploração sempre que os direitos humanos
forem violados.
(Fonte: Adital)
A Campanha da Fraternidade de 2014,
preconizada pela CNBB, tratou a temática da “Fraternidade e Tráfico Humano”,
evidenciando, entre outras modalidades perversas, a exploração sexual
infanto-juvenil e adulta, sobretudo de mulheres enganadas em busca de melhores
condições de vida; a extração de órgãos comercializados a preço de ouro e a
exploração para o trabalho escravo. É indispensável unir esforços e
integrar os meios disponíveis pelas instituições na corresponsabilidade que
incumbe a todos: União, governos estaduais e municipais, polícias, conselhos de
cidadania, voluntariado, clubes de serviço, Igrejas, movimentos sociais. Todos
nós aprendamos a enfrentar os conflitos, tentando reverter situações da
escravatura, através de políticas públicas assumidas em parceria. A raiz da
violência é o egoísmo e ausência de amor a Deus e ao próximo. Perdidos os
valores referenciais da fé e da prática da justiça, alguém chega a degradar o
ser humano, legitimando expedientes que bradam aos céus por socorro divino.
Disque 123 para pedir informações, para denunciar crimes e fazer parte do
encaminhamento das soluções às vítimas!
Dom Aldo Pagotto - Arcebispo da Paraíba - PB
Acontece hoje, 23 de setembro, a ação social do "Dia mundial do combate ao Tráfico Humano" na praça Jerônimo Monteiro a partir das 14h com sensibilização e conscientização sobre o tema. A programação segue com a Santa Missa celebrada pelo Bispo Diocesano Dom Dario às 18:30 na Catedral de São Pedro. Participe conosco, por maior dignidade e respeito aos direitos humanos.
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