Santa Escolástica, irmã gêmea de
São Bento, testemunha o poder de Deus
Muitas pessoas perturbadas e possessas por espíritos maus, foram libertas por
São Bento. Quando São Bento ordenava que os espíritos saíssem, quando estes não
obedeciam, ele esbofeteava a pessoa ou a tocava forte com o cajado, mas quem
sentia o golpe era o demônio. Sobre isto comenta Santa Escolástica, que por
duas ocasiões viu que após alguns golpes os espíritos deixavam as pessoas como
se tivessem levado uma bruta surra.
A pedra que
não se movia
Havia ali também a construção uma enorme pedra, que serviu de altar para
sacrifícios ao deus pagão Apolo. Tentavam os monges remove-la, mas não
conseguiam. Chamaram São Bento, que percebeu que a pedra era segurada por
demônios. O Santo ordenou que se retirasse, fez o Sinal da Cruz e os demônios
fugiram e a pedra pode ser removia com grande facilidade.
Salva da
morte São Plácido
Numa certa ocasião aconteceu que um menino chamado Plácido (mais tarde São
Plácido), foi buscar água no rio, e acabou por cair nele. São Bento, estava no
interior do Mosteiro rezando e foi avisado em visão. Imediatamente chamou um
monge que estava próximo: “Irmão Mauro, vai depressa ao lago por que o menino
Plácido caiu nele”. O monge respondeu que não sabia nadar, mas São Bento
disse-lhe que confiasse em Deus e não duvidasse de sua fé. O monge fez como
ordenara São Bento, e andando sobre a água, como se fosse terra firme pode
salvar a vida de Plácido. Após recobrar-se do susto o menino disse que quando
estava o Irmão Mauro, sobre as águas, na verdade ele via a São Bento indo
salva-lo. Este fato é narrado pelo próprio Irmão Mauro, mais tarde São Mauro.
A fonte
saltada da rocha
Entre os mosteiros que tivesse construído, três eram situados em altura sobre
balanços da montanha e era uma operação muito laboriosa para os irmãos que de
descer sempre ao lago para pôr-se em dever de extrair a água, tanto mais que o
flanco abrupto da montanha constituia um grave perigo para os que desciam-o,
não sem temor. Então um grupo de irmãos escolhido estes três em mosteiros veio
encontrar o empregado de Deus Bento e dizem-lhe: “é laborioso para nos de
descer cada dia procurar a água até ao lago, é por isso que é necessário
alterar os mosteiros de lugar.”
Bento
recebeu-o com ternura e retornou-o devidamente consolados. A mesma noite, em
companhia corajosa pequena criança chamada Placide, escala a cimeira desta
montanha; caminhou bastante longamente e quando terminou, dispôs três pedras à
esta lugar para servir de sinal, seguidamente competiu ao seu mosteiro ao
conhecimento todos os que residiam lá.
Um outro
dia, empurrado pela mesma necessidade, os irmãos tinham retornado para ele,
diz-lhes: “Vai-se e escavam ligeiramente sobre este rocha onde encontrará três
pedras sobrepostas: Deus qualquer- potente tem o poder de produzir a água mesma
à cimeira desta montanha: que daigne assim poupar-vos o cansaço de tal
percurso?” Tornaram-se sobre a cimeira da montanha da qual Bento tivesse-lhes
falado e encontrou-o suintant já de água. Como havia uma escavação, preenche-se
imediatamente, e saiu em quantidade suficiente para vazar em abundância até aos
nossos dias e para descer da cimeira desta montanha até a partes inferiores.
São Bento
socorre um homem endividado
Certa ocasião, um homem fiel, premido pela necessidade de pagar uma dívida,
convenceu-se de que somente conseguiria achar remédio para sua situação se
apelasse ao São Bento e lhe expusesse a necessidade que o afligia. Foi, pois,
ao mosteiro, encontrou o servo de Deus e lhe expôs as importunas cobranças que
sofria, por parte de seu credor, por doze soldos que lhe devia. O venerável Pai
lhe respondeu que não tinha os doze soldos, mas consolou-o em sua pobreza com
estas palavras: "Vai e dentro de dois dias retorna aqui, porque hoje me
falta o que quereria dar-te". Durante esses dois dias esteve ocupado na
oração, como era seu costume. Quando no terceiro dia voltava o homem aflito com
a dívida, encontraram-se inesperadamente 13 soldos sobre a arca de trigo do
mosteiro. O homem de Deus entregou-os ao necessitado, dizendo-lhe que pagasse
os doze soldos e ficasse com um para outras despesas que tivesse.
O crivo
quebrado
Enquanto que chegam à uma lugar que chama-se Effide e que vários personagens
extremamente honrosos retinham-o caridosamente, residiram na igreja São Pedro.
Dita a ama que tem pedido às suas vizinhas um crivo para purificar o grão,
deixou-o imprudentemente sobre a mesa: veio cair, quebrou-se, e aí está em dois
pedaços! Ao seu regresso, logo que ver neste estado, a ama pôs-se a chorar à
fogueiras lágrimas vendo que o crivo a que tivesse emprestado agora era
quebrado.
É
enquanto que Bento, que era uma criança religiosa e sacrificado, vendo a sua
ama em lágrimas, foi comovido de compaixão: levar os pedaços do crivo e pôs-se
a solicitar chorando. A sua oração terminada, aumentou-se e descobriu aos seus
lados o crivo em bom estado ao ponto que se não se podia ver nenhum vestígio do
acidente. Então imediatamente, consolou a sua ama com ternura e entregou-lhe em
bom estado o crivo que estava em pedaços.
O fato
chegou ao conhecimento dos habitantes do lugar, e estes tão admirados ficaram
que erguerão o crivo na entrada da Igreja, para que todo os que o vissem,
naquela época como tambem nas vindouras, pudessem aquilatar com que perfeição o
jovem Bento avia principiado a graça de sua Vida. Durante muitos anos ali
esteve, exposto á contemplação de todos na porta da Igreja.
Uma taça de
cristal quebrada com o sinal da Cruz
Havia um mosteiro cujo abade havia falecido, e a
comunidade dirigiu-se ao venerável Bento, rogando-lhe todos os monges
insistentemente que os dirigisse. Ele negou-se durante muito tempo,
dizendo-lhes antemão que seu modo de proceder não se ajustaria ao daqueles
irmãos; mas, vencido afinal por suas insistentes súplicas, acabou por
consentir.Impôs então àquele mosteiro a observância da vida regular, não
permitindo a ninguém desviar-se ou viver como antes. Os irmãos daquele
mosteiro, irritados com tanta severidade, começaram por se recriminar terem-lhe
pedido que os governasse, pois sua vida "torta" estava em conflito
com aquele modelo de retidão. Dando-se conta de que sob o governo de Bento não
mais lhes seriam permitidas coisas ilícitas, e doendo-se por terem que
renunciar a seus antigos costumes, pareceu-lhes duro, por outro lado, verem-se
obrigados a adotar costumes novos com seu espírito envelhecido; por tudo isso,
e também porque aos depravados a vida dos bons parece algo intolerável, tramaram
matá-lo. E depois de decidí-lo em conselho, puseram veneno no seu vinho.Quando
foi apresentada ao abade, ao sentar-se à mesa, a taça de cristal que continha a
bebida envenenada para que, segundo o costume do mosteiro, a abençoasse, Bento,
levantando a mão, fez o sinal da Cruz e com ele se quebrou a taça que ainda
estava a certa distância; e de tal modo se rompeu aquela taça de morte que mais
parecia que, em lugar da Cruz, fora uma pedra que a atingira. Compreendeu logo
o homem de Deus que continha uma bebida de morte a taça que não podia suportar
o sinal da vida. Depois disso, relembrou aos monges o que tinha dito a respeito
de suas regras severas que não se adaptariam a eles, e deixou este mosteiro.
O monge
que, ao sair do monastério contra a vontade de São Bento, encontrou no caminho
um dragão
Um monge seu, dominado pela inconstância, não queria permanecer no monastério.
E embora o homem de Deus frequentemente o corrigisse e muitas vezes o
admoestasse, ele de nenhum modo se resolvia a permanecer na comunidade,
empenhando-se em importunos pedidos para que o deixasse ir em liberdade.
Cansado um dia o veneravel São Bento de tanta impertinência, disse-lhe irado
que se fosse. Mas nem bem transpusera as portas do monantério, sai-lhe ao
encontro um dragão que contra ele investiu com a boca aberta. E como ameaçasse
devora-lo, começou ele tremendo e vacilante, a bradar: “Socorro, socorro que o
dragão me quer devorar”. Correndo os irmãos, não viram nenhum dragão, mas
troxerão de volta o monge esbaforido e aterrorizado, que prometeu nunca mais a
sair do monastério e desde então cumpriu firmemente esse propósito; já que,
graças as Orações do Canto Varão, avia visto o dragão que o perseguia, e ao
qual ele antes obedecia sem o ver.
São Bento, rogai por
Nós!