É ilógico dizer que todas as religiões são
equivalentes entre si
Temos de respeitar a crença de cada pessoa; a liberdade
religiosa é algo fundamental, mas não é verdade que todas as religiões e
Igrejas são igualmente válidas. As muitas religiões ou seitas foram fundadas
por simples mortais, e não por Deus, por isso não se pode dizer que todas as
religiões são boas, e que basta ser religioso e seguir qualquer uma delas. Se
isso fosse verdade, Jesus não precisaria ter vindo a este mundo, fundar a Sua
Igreja e morrer numa cruz. Bastava deixar os homens continuarem no paganismo,
ou se salvarem em outras religiões. Assim não seria necessário todo o esforço
de evangelização em todo o mundo, com milhares de mártires, missionários etc.
É ilógico dizer que
todas as religiões são equivalentes entre si, pois elas propõem Credos
diferentes, que se excluem mutuamente. Algumas religiões professam o politeísmo
(muitos deuses), outras o panteísmo (tudo é Deus), ou o monoteísmo (há um só
Deus). Veja, na questão mais essencial da religião, isto é, a concepção de
Deus, já há uma enorme diversidade, que se excluem mutuamente. Como, então,
querer que todas as religiões sejam equivalentes e igualmente boas? É ilógico e
irracional. Então há que se descobrir a Verdade. Se a verdade plena está numa
doutrina, esta é a verdadeira, e as outras são falsas.
Ora, a verdade é uma só, logo, objetivamente falando, há Credos
verídicos e credos errôneos. Cada religião tem a sua doutrina, seu culto e sua
moral própria; e é aqui que estão as divergências: uns creem na reencarnação,
outros não a aceitam; alguns aceitam o divórcio, o aborto, o homossexualidade,
a guerra santa, a poligamia… e há quem não os admita.
Com quem está Verdade? A verdade não pode estar com todos. Logo,
não podem ser boas todas as religiões.
O Concílio Vaticano afirmou:
“Professa o Sacro Sínodo que o próprio Deus manifestou ao gênero
humano o caminho pelo qual os homens, servindo a Ele, pudessem salvar-se e
tornar-se felizes em Cristo. Cremos que essa única verdadeira Religião subsiste
na Igreja católica e apostólica, a quem o Senhor Jesus confiou a tarefa de
difundi-la aos homens todos, quando disse aos Apóstolos: “Ide pois e ensinai os
povos todos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,
ensinando-lhes a guardar tudo quanto vos mandei” (Mt 28, 19-20). Por sua vez,
estão os homens todos obrigados a procurar a verdade, sobretudo aquela que diz
respeito a Deus e a Sua Igreja e, depois de conhecê-la, a abraçá-la e
praticá-la” (Declaração Dignitatis
Humanae, n. 1).
“Esta
é a única Igreja de Cristo, que no Símbolo professamos una, santa, católica e
apostólica (12), e que o nosso Salvador, depois da sua Ressurreição, confiou a
Pedro para que ele a apascentasse (cf. Jo 21, 17), encarregando-o, assim como
aos demais Apóstolos, de a difundirem e de a governarem (cf. Mt 28,18s),
levantando-a para sempre como “coluna e esteio da verdade” (1Tm 3,15). Esta
Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste na Igreja
Católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele,
ainda que fora do seu corpo se encontrem realmente vários elementos de
santificação e de verdade, elementos que, na sua qualidade de dons próprios da
Igreja de Cristo, conduzem para a unidade católica” (Lumen Gentium, n.
8).
Prof. Felipe Aquino
Comentários