Espírito Santo nunca cessa de
suscitar na Igreja novas formas de vida evangélica, de apostolado e missão.
Assim, de tempos em tempos ela é impelida por essa moção do Espírito face às
dificuldades e necessidades de evangelização que vão surgindo.
O mundo clama por uma NOVA EVANGELIZAÇÃO, por um novo jeito de se revelar a verdade contida no Santo
Evangelho. A revelação feita por Cristo a respeito da salvação é inalterável,
não muda e a própria Igreja, muito sabiamente, faz questão de preservá-la, a
fim de transmitir com igual valor e eficácia, seguindo à risca o que Jesus fez
e ensinou. O modo e os meios para se chegar a esse fim, porém, vão ganhando uma
nova aparência, pois a medida em que o cenário da história vai se transformando
com seus personagens, faz-se necessário mudar também a forma de abordá-los. Há
hoje tantas coisas que não havia algum tempo atrás, como a forte ação da mídia,
por exemplo.
É nesse contexto que surgem as NOVAS COMUNIDADES, como uma resposta de Deus aos desafios dos nossos dias, quando a sociedade vem sido tomada por fortes tendências pagãs, sofrendo com o esfriamento da fé e o secularismo esmagador.
O Concílio Vaticano II pedia uma
Igreja inserida no mundo, uma Igreja “em saída” como escreveu, recentemente, o
Papa Francisco na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium. São
João Paulo II, também, em seu papado, pediu à Igreja uma “Nova Evangelização”,
com “novo ardor, novos métodos e nova expressão”. Esse novo frescor, cheio de
cores, sons, cheiros e sabores - "primavera na Igreja" - que desperta os
sentidos e a alma para a vida santa, vem acontecendo através das Novas
Comunidades, pois há nelas um forte e íntegro compromisso de viver a
radicalidade evangélica dentro da consagração a Deus, em um carisma específico
e particular dado por Ele mesmo, para a santificação de seus membros e do
mundo.
Esse comprometimento dos fiéis, na vida consagrada, já visa por si só dar testemunho de Cristo no mundo. Mas a vivência da consagração, dentro de uma nova comunidade, exige muito mais, exige forte atividade missionária e apostólica, pois compreende que é preciso anunciar o Reino “sempre e em qualquer lugar” – Ubicumque et semper (Carta Apostólica com a qual se instituiu o Pontifício Conselho para a promoção da Nova Evangelização, Papa Bento XVI). A vida de um membro consagrado de comunidade nova é uma entrega total a Deus, a exemplo de Jesus mesmo. Seu tempo, seus projetos, sua disponibilidade, sua vontade, tudo, está a serviço; ele encontra sua vocação e sentido de vida, sua felicidade.
Nas Novas Comunidades, Jesus é amado,
servido e adorado verdadeiramente como Senhor e Salvador. Os Sacramentos são
vividos com toda a intensidade e plenitude; sobretudo, a Confissão e a Eucaristia
são amadas e desejadas. A adoração do Santíssimo, já há muito é realizada
nelas. Os carismas particulares são os mais variados em cada uma delas: algumas
se dedicam a recuperar jovens com a dependência química; outras se dedicam aos
mendigos e abandonados; outras se dedicam à evangelização pelos meios de
comunicação, dança, teatro, musicais, ou seja, artes em geral e esportes; e,
muitas coisas mais.
Nas Comunidades Novas a hierarquia da
Igreja é amada; a sua necessidade é entendida; e trabalha-se em comunhão com
ela. As novas comunidades são uma riqueza da Igreja que o Espírito suscita para
evangelizar todos os ambientes e setores, como empresas e universidades, sendo
aí luz, sinal do Cristo vivo, por possuírem uma capacidade de diálogo com o
mundo que renovam a Igreja.
A esta Santa Mãe, a Igreja, deve-se muito amor, gratidão e fidelidade, pois fecundada, constantemente, pela ação e manifestação do Espírito Divino, nunca se cansa de gerar novos filhos com as mais diversas vocações.
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