Neste
ano, 2016, motivados pela 4ª Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) que vem
com o tema Casa Comum, nossa
responsabilidade e o lema bíblico “Quero ver o direito brotar como fonte e
correr a justiça qual riacho que não seca” (Amós 5, 24), somos interpelados em
sintonia com o tempo quaresmal a uma profunda reflexão em relação as nossas
atitudes e o cuidado com nossa Casa comum, o planeta Terra.
O
Papa Francisco na encíclica Laudato Si (LS),
destaca que no cuidado da Casa comum deve unir “toda a família humana na busca
de um desenvolvimento sustentável e integral” (LS, 13), assim, a CFE 2016
objetiva refletir sobre o direito ao saneamento básico à luz da fé, por
políticas públicas e atitudes responsáveis de justiça ambiental e social, como
afirma o Texto-base da Campanha. “Há
que se ter em mente que justiça ambiental é parte integrante da justiça social”
(nº 21).
É
visível que não conseguimos cuidar do meio ambiente sem mudar nossas atitudes,
nosso modo de vida que por diversas vezes é desregrado. Na Quaresma,
exercitamo-nos na revisão de vida e na conversão das nossas práticas religiosas
e sociais, para que elas não sejam apenas manifestações formais e exteriores de
religiosidade ou assistencialismo, isto é, "para serem elogiados pelos
homens" (Mt 6, 2b), mas sejam a expressão de uma vida que se volta
sinceramente para Deus, comprometendo-se com as questões ambientais e as
necessidades básicas de nossa população.
Durante
esta Quaresma, somos chamados a uma reflexão específica de exercício da
caridade. E nossa resposta ao chamado deve ser: "Eis-me aqui,
envia-me" (Is 6,8) para o cuidado com o planeta Terra. Lutar pelo direito
e pela justiça para todos, pressupõe responsabilidade para com a nossa Casa
comum. Não são simplesmente as forças da natureza que produzem o desequilíbrio
climático, a crise hídrica, os desastres ambientais, mas sim as nossas estruturas
econômicas e políticas.
Convertamo-nos!
Façamos deste tempo de sensibilização que perpassa durante todo o ano, um tempo
em que a atenção se volte ao cuidado do planeta Terra, e nos desafios deste
mundo, tornemo-nos missionários a serviço da nossa Casa Comum.
Seminarista Fernando Acácio
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