Muitas vezes acontece de um homem e uma mulher que não têm a menor intenção de casamento começarem a tomar certas liberdades um com o outro, a desenvolver conversas picantes e a viver uma relação louca, de tal forma inconstante e irresponsável que não merece ser chamada de amizade nem de amor. É um envolvimento que só faz o mal porque prende o coração de um deles ou até mesmo dos dois numa paixão vazia e cruel. Geralmente, a coisa vai desembocar numa relação indecente e obscena, mesmo que não tenha começado com essa intenção. Pode ser que passe até muito tempo sem que eles se envolvam fisicamente, porque ficam satisfeitos em trocar olhares e palavras em duplo sentido, em se dar abraços demorados, em cultivar desejos secretos e fantasias.
Outras pessoas são tão carentes e têm tanta necessidade de receber demonstrações de amor que basta aparecer alguém agradável, mais ou menos do seu gosto e um pouco atraente para começar a flertar com ele, mesmo sem saber de onde veio o sujeito ou quais são as intenções que ele traz no coração. Existe um grande número de homens e mulheres que se envolvem com gente que, na verdade, não conhecem, e por causa disso irão enfrentar aborrecimentos terríveis. Eles mesmos se colocam em perigos e pulam para dentro de armadilhas das quais vão ter muita dificuldade para se libertar depois.
Esses envolvimentos são ruins, insensatos e vazios. São ruins porque abrem caminho para a depravação, e quando a outra pessoa é casada, roubam o amor que ela devia dar ao marido ou à esposa. São insensatos porque são loucos, estúpidos, sem finalidade alguma que seja boa. E são vazios porque não trazem nenhum benefício, nem alegria ou crescimento. Em vez disso, roubam um tempo precioso da vida, desmoralizam a pessoa que se deixou seduzir, e destroem os nervos dela com a ansiedade de estar numa relação em que não sabe como deve agir nem o que pode dali esperar, porque oficialmente o envolvimento não passa de uma falsa amizade.
Aquele que está apaixonado tenta se enganar dizendo que são apenas amigos que têm um carinho especial, mas não consegue ficar longe da outra pessoa. Sofre porque se tornou dependente daquelas demonstrações de afeto como mensagens, telefonemas, encontros, pequenas gentilezas, presentinhos, elogios e contatos físicos. Essas "amizades", que não são amizades, tornam a pessoa emocionalmente desequilibrada, porque criam um sentimento de posse parecido com o que os namorados e cônjuges têm um pelo outro, e transformam sua vida num tormento de desconfianças, ciúmes e angústias.
Às vezes, tudo começa como uma brincadeira, uma espécie de teste: "Vamos ver se eu consigo ganhar aquela pessoa... vamos ver o quanto posso me tornar interessante para ela..." Nessa brincadeira, porém, quem estende a mão para puxar acaba sendo puxado. Nesse cabo de guerra, os dois terminam vencidos e o conquistador acaba também conquistado. É como uma estopa encharcada em gasolina, que mal se aproxima do fósforo e pega fogo.
O mesmo acontece com nossos sentimentos: mal vemos alguém se apaixonar por nós já começamos a amolecer e a ficar meio apaixonados também. Pobre de quem acredita que vai apenas se divertir sem se envolver. Depois que o sentimento penetra no coração, é com muita dificuldade que você consegue dominá-lo. Quem acha que vai apenas esquentar as mãos no fogo da paixão tomará um susto e vai descobrir que de uma hora pra outra as labaredas do desejo tomaram todo o seu ser e transformaram em fumaça sua decisão de não se apaixonar.
De modo inspirado, o sábio diz: "Quem ama o perigo, nele perecerá" (Eclo 3, 27b). No jogo da sedução, muitos tiveram que pagar suas apostas com a destruição do próprio casamento, com uma gravidez indesejada, com a revolta e o desprezo de seus filhos, com um descontrole profissional ou financeiro que os levou à ruína, alguns chegaram mesmo a pagar com a vida. Tornaram-se motivo de piada para seus adversários.
Esses sentimentos agem no coração como ervas daninhas num jardim: destroem porque se alastram e sugam a terra de tal maneira que não resta ali energia suficiente para sustentar outras plantas. Algo parecido acontece com esses envolvimentos sensuais: causam um estrago emocional imenso porque apoderam-se do coração e sugam-lhe as forças com tamanha violência que a pessoa não consegue sequer preservar o amor pelos seus verdadeiros relacionamentos. No fim, o que parecia uma planta boa revela-se uma verdadeira praga; e o que parecia uma ternura especial por alguém se desdobra na direção de uma doentia dependência afetiva.
Nessa altura, é preciso pedir a ajuda de Deus para se libertar.
Outras pessoas são tão carentes e têm tanta necessidade de receber demonstrações de amor que basta aparecer alguém agradável, mais ou menos do seu gosto e um pouco atraente para começar a flertar com ele, mesmo sem saber de onde veio o sujeito ou quais são as intenções que ele traz no coração. Existe um grande número de homens e mulheres que se envolvem com gente que, na verdade, não conhecem, e por causa disso irão enfrentar aborrecimentos terríveis. Eles mesmos se colocam em perigos e pulam para dentro de armadilhas das quais vão ter muita dificuldade para se libertar depois.
Esses envolvimentos são ruins, insensatos e vazios. São ruins porque abrem caminho para a depravação, e quando a outra pessoa é casada, roubam o amor que ela devia dar ao marido ou à esposa. São insensatos porque são loucos, estúpidos, sem finalidade alguma que seja boa. E são vazios porque não trazem nenhum benefício, nem alegria ou crescimento. Em vez disso, roubam um tempo precioso da vida, desmoralizam a pessoa que se deixou seduzir, e destroem os nervos dela com a ansiedade de estar numa relação em que não sabe como deve agir nem o que pode dali esperar, porque oficialmente o envolvimento não passa de uma falsa amizade.
Aquele que está apaixonado tenta se enganar dizendo que são apenas amigos que têm um carinho especial, mas não consegue ficar longe da outra pessoa. Sofre porque se tornou dependente daquelas demonstrações de afeto como mensagens, telefonemas, encontros, pequenas gentilezas, presentinhos, elogios e contatos físicos. Essas "amizades", que não são amizades, tornam a pessoa emocionalmente desequilibrada, porque criam um sentimento de posse parecido com o que os namorados e cônjuges têm um pelo outro, e transformam sua vida num tormento de desconfianças, ciúmes e angústias.
Às vezes, tudo começa como uma brincadeira, uma espécie de teste: "Vamos ver se eu consigo ganhar aquela pessoa... vamos ver o quanto posso me tornar interessante para ela..." Nessa brincadeira, porém, quem estende a mão para puxar acaba sendo puxado. Nesse cabo de guerra, os dois terminam vencidos e o conquistador acaba também conquistado. É como uma estopa encharcada em gasolina, que mal se aproxima do fósforo e pega fogo.
O mesmo acontece com nossos sentimentos: mal vemos alguém se apaixonar por nós já começamos a amolecer e a ficar meio apaixonados também. Pobre de quem acredita que vai apenas se divertir sem se envolver. Depois que o sentimento penetra no coração, é com muita dificuldade que você consegue dominá-lo. Quem acha que vai apenas esquentar as mãos no fogo da paixão tomará um susto e vai descobrir que de uma hora pra outra as labaredas do desejo tomaram todo o seu ser e transformaram em fumaça sua decisão de não se apaixonar.
De modo inspirado, o sábio diz: "Quem ama o perigo, nele perecerá" (Eclo 3, 27b). No jogo da sedução, muitos tiveram que pagar suas apostas com a destruição do próprio casamento, com uma gravidez indesejada, com a revolta e o desprezo de seus filhos, com um descontrole profissional ou financeiro que os levou à ruína, alguns chegaram mesmo a pagar com a vida. Tornaram-se motivo de piada para seus adversários.
Esses sentimentos agem no coração como ervas daninhas num jardim: destroem porque se alastram e sugam a terra de tal maneira que não resta ali energia suficiente para sustentar outras plantas. Algo parecido acontece com esses envolvimentos sensuais: causam um estrago emocional imenso porque apoderam-se do coração e sugam-lhe as forças com tamanha violência que a pessoa não consegue sequer preservar o amor pelos seus verdadeiros relacionamentos. No fim, o que parecia uma planta boa revela-se uma verdadeira praga; e o que parecia uma ternura especial por alguém se desdobra na direção de uma doentia dependência afetiva.
Nessa altura, é preciso pedir a ajuda de Deus para se libertar.
Fonte: Márcio Mendes - Livro "Como se dar bem com quem você quer bem"
Editora Canção Nova
Comentários